Em 2025, celebramos dez anos da aprovação da Recomendação da UNESCO sobre a Proteção e Promoção dos Museus e Coleções, sua Diversidade e seu Papel na Sociedade. Adotada por unanimidade durante a Assembleia Geral da Unesco em outubro de 2015, essa diretriz internacional consolidou o entendimento de que os museus são pilares do desenvolvimento sustentável, da diversidade cultural e da construção de sociedades mais inclusivas. Dez anos depois, a recente estruturação da Política de Inovação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) é parte das respostas para os desafios contemporâneos do setor.
Em fevereiro de 2025, o Ibram publicou três portarias que inauguram um novo capítulo para os museus brasileiros no campo da ciência, tecnologia e inovação, e alinham o Instituto à Lei de Inovação brasileira, posicionando-o como uma Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT).
No Ibram, a principal conquista foi a criação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT-Ibram), responsável por gerir políticas de proteção de criações, licenciamento, parcerias com empresas e transferência de tecnologia.
Com a celebração dos 10 anos da Recomendação da UNESCO, é simbólico essa passo em direção dos valores ali expressos no documento: acesso à cultura, promoção da diversidade, pesquisa de ponta e inovação com impacto social. O caminho trilhado pelo Ibram é mais do que uma política institucional — é uma resposta concreta à chamada da comunidade internacional por museus mais conectados, sustentáveis e participativos.
Neste marco histórico, a inovação não é apenas uma tendência: é um direito e uma necessidade. E os museus brasileiros poderão participar dessa transformação.