Matéria de arquivo, publicada pelo Portal Brasil (www.brasil.gov.br) em 25/09/2015 às 18:54, recuperada via WayBackMachine (Archive.org)
A sede do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em Brasília, recebeu nesta sexta-feira (25) a palestra Acervos Digitais de Cultura e os Caminhos para uma Política Nacional. O evento serviu para que a Secretaria de Políticas Culturais (SPC) expusesse as ações do Ministério da Cultura (MinC) para aprimorar a curadoria do acervo da cultura brasileira no ambiente digital, atualmente gerido por plataformas que não dispõem de vocação para a preservação da memória.
Coordenador-geral de Cultura Digital da SPC, José Murilo Costa Carvalho Júnior falou ao Portal Brasil. Engajado no desenvolvimento de Política Nacional para o setor, ele tratou dos desafios para consolidá-la e dos avanços alcançados até agora por meio de ações do governo federal.
“Nós temos hoje circulação de conteúdos, em meio digital, de um volume muito maior do que a gente sempre se acostumou a ter”, disse. “Eu diria que esses conteúdos não estão sendo guardados ou, pelo menos, eles estão sendo hospedados em serviços que não têm a vocação para a preservação desse conteúdo”.
Catalogação compartilhada
A participação da sociedade é fundamental na catalogação do conteúdo encontrado no ambiente digital. De acordo com Murilo, empresas norte-americanas se encarregam hoje dessa tarefa, sem levar em consideração a diversidade cultural brasileira, o que, por vezes, atrapalha a ação do Estado.
“Da mesma forma como o público está acostumado a interagir com as pessoas e com os conteúdos nas redes sociais, a ideia da proposta é que ela promova esse espaço”, explica. “Vamos aproveitar esse entusiasmo do brasileiro em utilizar as redes sociais para que ele interaja com esses acervos, mas não na plataforma estrangeira”, conclui.
A diversidade cultural brasileira
O coordenador-geral de Cultura Digital vê a diversidade cultural brasileira como um ingrediente diferenciado no processo de administração do acervo digital. Ele revelou que o retorno alcançado com a proposta de catalogação compartilhada estimulou a SPC a avançar nesse sentido.
“De fato, a cultura brasileira cria um caldo muito interessante para esse processo”, afirmou. “A experiência que a gente teve de propor isso como solução técnica e a resposta que a gente já recebia de quem estava trabalhando nas coleções nos incentivaram a acelerar fundo nesse caminho. A gente acha que está criando uma solução para acervos digitais com esse tempero brasileiro”.
Fonte:
Portal Brasil, com informações do Ministério da Cultura
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