Denominação
Ralador de mandioca
Resumo descritivo
peça em formato retangular, de madeira curva, tendo numa das faces uma parte crespa e um pedaço de madeira proeminente. fabrica-se de madeira branca e leve de marupá (simaruba amara, aubel) cujas fibras tendem voltar à posição primitiva quando desviadas. consiste numa tábua de 88 cm de comprimento, 37 cm de largura e 2 cm de espessura e um tanto recurvada. começam por executar na face aconcavada o desenho que desejam e que facilitam a operação de ralar. depois, com uma ponta (hoje um prego) e seguindo as linhas do desenho abrem pequenos orifícios. antes que as fibras da madeira voltem à posição natural, incrustam pequenas pedras de sílex, da forma de um dente, de sorte que emerge apenas uma aresta de ? cm. estabilizam melhor as pedrinhas com látex de sorva, espalhado com um pincel de fibras de bananeira, cujo tanino dá mais consistência ao látex. as pedras são encravadas a uma distância de 1 cm uma da outra e ocupam a parte central da tábua, deixando pequenas margens laterais (3, 4 e 5 cm), uma margem inferior de 3 cm e outra superior ou cabeça do ralo de uns 48,5 cm tendo esta última uma saliência ou cabo que serve apenas para suspender o ralo. o preparo da tábua cabe ao homem e a incrustação de quartzito às mulheres, sendo uma especialidade dos índios baniwa do rio içana (am). uso exclusivamente feminino. a mulher, ao ralar, o faz com as duas mãos alternadamente e não em ritmo uniforme, porém com arrancos que provocam movimentos dos próprios seios. fica sentada ao chão tendo o ralo entre as pernas. fabricada pelo povo indígena waiwai (família linguística karib). ref. bibliográfica: silva, alcionilio bruzzi alves da. a civilização indígena dos uaupés. são paulo, 1962. oliveira, mayara manhães. representações sobre os índios no museu histórico nacional: percurso da coleção tsiipré. trabalho de conclusão do curso de bacharelado em museologia, unirio, 2013. não publicado. alguns campos foram corrigidos com base nas informações fornecidas pelo próprio doador à estagiária curricular mayara manhães de oliveira (06/05 a 13/08/2013). possui negativo no arquivo permanente, cartela n?6, foto de antonio josé moura calino. participou da exposição do livro do banco safra.
Data de produção
[197-]
Local de produção
Brasil - Amazonas
Dimensões - profundidade/comprimento
88,00
Classificação
Autoria
Povo Indígena Waiwai
Número de registro
6106
Código de identificação na Brasiliana
a128f117a9d40d04b151e30666b755aa
ID origem
669710
Coleção
Cidade
UF
Estado de Convervação
Material/Técnica
madeira | pedra | resina vegetal