Na sua entrevista, dona Margarida relata sobre os laços familiares vividos por ela. Conta-nos que após o falecimento dos seus pais foi criada pelos brancos e que se mudou de Santa Luzia para Lagoa Comprida. Ela diz que as lembranças da sua infância são poucas ou quase nada porque ao longo do tempo não foram passando pra ela, assim como as escassas lembranças dos familiares. Dona Margarida fala dos pajés que já não existiam mais, sobre nunca ter esquecido a língua materna, sobre nunca ter caçado e pescado, sobre o trabalho dos pais na roça, sobre a sua primeira vez ao ver o moqueado e sobre o seu desinteresse em aprender artesanatos. Ela finaliza contando sobre To'owera (Monstro ou visagem) e sobre a sua chegada a nova aldeia.