[1º Congresso Estadual de Cultura do RS: Institucionalização da Cultura]

Resumo descritivo

Palestras e debates em torno do tema “Institucionalização da Cultura no Rio Grande do Sul” durante o quinto e último dia do 1º Congresso Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul com duração aproximada de 2h29min20s. O 1º Congresso Estadual de Cultura do Rio Grande do Sul foi um evento de caráter excepcional, promovido pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Cultural (CODEC) e realizado no Salão de Atos da UFRGS no mês de abril de 1989, no qual diversas personalidades de reconhecida atuação cultural, nacional e internacionalmente, se reuniram para dividir suas experiências profissionais, traçar paralelos com o passado visando o futuro da cultura no estado e propor debates quanto aos desafios a serem enfrentados. As discussões se debruçaram sobre os temas “Formação histórica da Cultura Gaúcha”, O Rio Grande do Sul na Cultura Brasileira”, “Cultura e Meios de Comunicação”, “Bases para uma Política Cultural” e “Institucionalização da Cultura no Rio Grande do Sul”. Os debates e resoluções que tiveram lugar no Congresso foram fundamentais para a definição das bases de criação da Secretaria de Estado da Cultura. No último dia de Congresso foram debatidas questões relativas ao painel “Institucionalização da Cultura”. O compositor Sérgio Napp propôs a criação de uma Secretaria de Cultura com fundos próprios para garantir estabilidade e evitar a burocracia. Dilan Camargo discutiu a integração da Cultura ao aparelho estatal, enfatizando a necessidade de uma política cultural forte e uma separação institucional entre Educação e Cultura. Ivan Pinheiro Machado destacou os limites do Estado na Cultura, afirmando que o Estado deve preservar a tradição cultural e as manifestações populares, sem cercear a liberdade dos criadores. O escritor Luiz Antonio de Assis Brasil defendeu três pontos: o Estado não deve interferir nas manifestações culturais, deve levar a cultura ao maior número de pessoas e deve usar a Educação como veículo difusor da cultura. Já Luiz Osvaldo Leite enfatizou a importância dos centros municipais de cultura e pediu um tratamento multidisciplinar para a área, destacando a importância do pluralismo cultural.