Emiliano Guajajara relata que é nascido e criado na Aldeia Januária e que a sua infância e adolescência foram dedicadas ao trabalho, plantio, caçadas e também a pesca, juntamente com o pai. Ele lembra que participou de muitas festas da comunidade, como a Mandiocaba e a Festa do Mel, e que aprendeu com a observação as cantorias para as cerimônias e a tocar instrumentos, como o maracá. Ainda conta que realiza na comunidade os famosos benzimentos, que fazem parte do ritual de cura indígena. Ele finaliza recordando da família e dizendo que há falta de interesse dos mais novos em aprender a cultura ancestral e, assim como aconteceu com a língua, essa pode cair no esquecimento.