Liderança indígena, Rosilene Guajajara, relata em entrevista a sua trajetória na Aldeia de Maçaranduba. Compartilha momentos da infância, de quando sua mãe foi assassinada e se tornou responsável pelos seus irmãos, realidade que a fez trabalhar em casa de família e se casar aos catorze anos de idade com Antonio Guajajara. Conta que ficou grávida seis vezes, todas as gestações complicadas, tendo em uma delas sofrido um aborto. Apesar de tamanhas dificuldades, disse que sempre quis estudar. Sofreu preconceito, mas também muito apoio entre os não-indígenas nos lugares onde estudou. Depois disso, confessa que não teve a Festa da Menina Moça, rito de passagem importante, mas que participou de todas as suas companheiras de luta e também de suas filhas, narra os eventos com emoção. Além disso, explica como foi responsável na formação dos grupos dos guardiões e das guerreiras da floresta na luta contra os madeireiros.